Por Bacelar para o Mais Região
Início do ano letivo reforça o nosso pensamento de acabar com as desigualdades na Educação. Momento de repensar a Escola Pública, seguindo o princípio republicano de que o ensino de qualidade deve ser acessível a todos estudantes, cada vez mais expostos à competitividade avassaladora do mercado de trabalho.
Muitas escolas abriram as portas sem receber o material didático, não há laboratório de informática e o fardamento ainda não chegou até os alunos. A merenda, nem sempre vem completa.
Em algumas unidades falta até banheiro, cobrar área de lazer parece luxo; os bebedouros estão quebrados, não há número suficiente de auxiliar de desenvolvimento infantil, nem vigilante ou auxiliar de limpeza. Muitas funcionam apenas pela abnegação de funcionários e professores.
Por isso, acredito na força de uma lei que vai transformar o estilo de pensar e agir dos governantes. A Lei de Responsabilidade Educacional pode girar o botão da realidade e sintonizar o canal que transmita um programa melhor, em condições de ser replicado em toda comunidade, pelo comprometimento com a qualidade do ensino.
Como relator da LRE que tramita no Congresso, tenho ampliado as conversações para que a Lei seja votada. Não há mais tempo a perder. Se um gestor for punido, tornando-se inelegível, porque caiu a qualidade do ensino durante o período de sua administração, certamente, o exemplo servirá para os outros.
Também a força que vem das ruas empurra os governantes a assumir uma nova postura; eles se reinventam, tentam mostrar que podem ser melhores, mais atentos às demandas dos jovens cidadãos. Construir esse caminho e seguir mais determinados para conquistar um sistema de educação fortalecido, sem retrocessos, depende de todos nós. Vamos juntos aguçar o espírito crítico para acompanhar e cobrar ações nesse sentido.
A começar pela aplicação da Lei.
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