O deputado Bacelar (Podemos/BA) segue na luta pela liberação do canabidiol (CBD) para fins medicinais. Aliás, a discussão sobre a regulamentação da maconha para fins medicinais começou há quatro anos aqui no Brasil. Sobretudo porque foi quando a Anvisa retirou a cannabis da lista de substâncias proibidas.
Escolhido como vice-presidente da Comissão Especial na Câmara dos Deputados que discute a proposta, o parlamentar baiano afirma que existem estudos que comprovam a eficácia da substância no controle de doenças como epilepsia, em pacientes com dores crônicas e sintomas psiquiátricos .
“A legalização da maconha já é uma realidade em diversos países e isso não é de hoje. Há milhares de anos antes de Cristo, a erva já era usada por diferentes povos e culturas. Na China, por exemplo, era utilizada contra constipação, malária, epilepsia e tuberculose.
ANVISA
A Anvisa já permite o registro de medicamentos feitos com substâncias como canabidiol e tetrahidrocannabinol (THC), mas só um produto importado conseguiu essa autorização até o momento. Entretanto, a maioria dos pacientes que recebe prescrição médica de tratamentos com derivados da cannabis tem que pedir uma liberação da Agência para importar o produto. O problema, porém, é o custo. Um tratamento por três meses chega a R$ 2 mil. Como saída, famílias apelam à justiça, ou caem no mercado ilegal.
O líder do Podemos na Bahia acredita que boa parte da resistência na liberação da maconha acontece por causa do preconceito, seguido da falta de informação da população. “O fato é que milhares de famílias utilizam a substância para aliviar dores e sofrimento dos pacientes. “Agora, só falta o Congresso Nacional legislar favoravelmente à matéria, que encerra uma causa tipicamente humanitária”, enfatiza.
Na opinião do parlamentar, isso tem jogado famílias necessitadas do medicamento no mercado ilegal. “O desespero para encontrar a substância para reduzir sofrimento de parentes leva a todas as possibilidades, inclusive do tráfico de medicamentos e, até mesmo, de drogas” lamenta.
Propósitos
Segundo Bacelar, há resultados que merecem ser lembrados. O número de pacientes cadastrados para importação de canabidiol triplicou desde 2015. Até maio deste ano, 1.470 novas pessoas fizeram pedidos para o uso da substância em tratamentos médicos. Se o ritmo de pedidos seguir assim até o final deste ano, a quantidade deve superar a de 2018. Ao todo, 6.530 pacientes se cadastraram para a importação.
Confira na íntegra o podcast que trata sobre isso:
Este post tem 2 comentários
Jaciara Andrade
4 nov 2019Sou a favor da liberação, não apenas para uso medicinal, deveria ser uma droga lícita.
David Andrade
4 nov 2019E a luta não para! Vamos avante dp Bacelar parabéns pelo belíssimo trabalho em prol da saúde!!!