O deputado federal Bacelar (PV/BA) participou na tarde desta quarta-feira (12) da instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Educação para o Trânsito e da Formação de Condutores de Veículos Automotores, que tem como presidente o deputado federal Zé Neto (PT/BA). A intenção é fortalecer a representatividade de autoescolas/CFCs no Legislativo, além de assegurar que mudanças na habilitação sejam discutidas com responsabilidade e participação do setor.
A iniciativa, que reuniu representantes de sindicatos de todo país, foi considerada um marco institucional. Hoje, o Brasil conta com 15 mil autoescolas e mais de 350 mil empregos diretos e indiretos. “A Frente tem como objetivo promover o diálogo técnico e político sobre a formação dos condutores no Brasil além de dar acesso ao trânsito seguro” afirmou Bacelar.
Durante o evento, sindicatos e federações manifestaram preocupação com a proposta do Ministério dos Transportes de tornar facultativa a frequência nos cursos de aprendizagem ministrados pelas autoescolas. Para o setor, haverá um processo de precarização do processo de habilitação e do mercado de trabalho.
Na avaliação de Bacelar, a substituição das aulas práticas por estudo autônomo fragiliza a preparação dos futuros condutores, além de eliminar o contato com instrutores qualificados, que orientam os alunos não apenas tecnicamente, mas também no respeito à cidadania e à convivência no trânsito.
“O Brasil é hoje o quinto país com o trânsito mais perigoso do mundo, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) a partir de dados da Confederação Nacional do Transporte. Dirigir não é só saber trocar marcha ou ligar o carro. É ter consciência de que se está operando uma máquina que pode matar. Isso se aprende com acompanhamento profissional, e não assistindo vídeos pela internet”, completou Bacelar.
A instalação da Frente foi precedida por uma manifestação organizada pela Feneauto, que reuniu mais de 400 veículos em Brasília. O ato contou com a participação de instrutores, empresários e representantes de entidades estaduais, e teve como objetivo chamar atenção para os riscos da proposta do Ministério dos Transportes de tornar facultativa a frequência nos cursos de aprendizagem ministrados pelas autoescolas.